terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

ALEGRIA COM DEUS


Nessa vida podemos nos alegrar de duas formas: com Deus ou sem Deus. Uma boa definição dessa alegria sem Deus podemos encontrar na poesia de Vinícius de Morais:
... A gente trabalha o ano inteiro... Por um momento de sonho ....Pra fazer a fantasia de rei ou de pirata ou jardineira... Pra tudo se acabar na quarta-feira... Tristeza não tem fim felicidade sim... 

Fonte: A Felicidade - Vinícius de Moraes

Na parábola do tesouro escondido, Jesus nos conta que a alegria é encontrada no evangelho (Mt 28.8). E essa foi a mensagem dos anjos quando Jesus nasceu – uma boa nova de grande alegria (Lc 2.10). A alegria que Jesus nos concede é completa e ninguém poderá tirá-la de nós (Jo 16.22,24).

Já para o apóstolo Paulo: o reino de Deus é alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). E, consequentemente, a alegria é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22).

O apóstolo Pedro conta que essa alegria é indizível, tamanha a sua intensidade e perenidade (1Pe 1.8). Por isso o apóstolo Tiago diz que até mesmo quando estamos atribulados e com muito sofrimento ao nosso redor podemos ser alegres (Tg 1.2).

E quando vamos para o saltério, a alegria é tão abundante na poesia e canção do povo de Deus, que ela está em todos os momentos da vida. Ela é cantada e celebrada, não como um valor absoluto, ou um fim em si mesmo, mas porque na presença do Senhor há plenitude de alegria (Sl 16.11).

Certamente a alegria cristã tem a sua fonte na Trindade. É no relacionamento com Deus que encontramos uma alegria que jamais acabará e, mesmo quando confrontada com as dificuldades da vida, resistirá e permanecerá no crente.

Vamos desfilar essa alegria todos os dias do ano, não por exibicionismo, mas para compartilhar dela com todos que a procuram. Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos (Fp 4.4).

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

É tempo de dizer basta. Viçosa pede paz.


A justiça e a paz se beijarão. (Salmo 85.10b, NVI)

A violência é produto da forma como vivemos; não é um acidente nem uma entidade. O que presenciamos hoje em Viçosa, e no mundo, é que a injustiça e a violência estão unidas por um beijo — o beijo da morte.

O Salmo 85 fala sobre avivamento: a restauração de um povo que havia se perdido em seus pecados e por isso vivia muito mal. O amor e a fidelidade não estavam mais presentes, tanto em relação à Aliança que tinham com o Senhor, quanto no trato com o próximo. O desenvolvimento da sociedade que despreza os dois maiores mandamentos é o consequente desprezo pela vida. A insensatez toma conta dos indivíduos que se tornam indiferentes ao Criador e recusam a sua ética, imaginando que podem encontrar maior felicidade e satisfação vivendo do seu próprio jeito. Logo, o amor é substituído pelas paixões e a vida não é mais orientada por aquilo que é virtuoso, mas meramente pelos prazeres. Pronto, temos todos os ingredientes para uma sociedade egoísta, permissiva e violenta. Não faltam exemplos disso nas Escrituras: a humanidade no tempo de Noé, Sodoma, Gomorra, as cidades de Canaã, Nínive, Israel, Judá.

Em tempos de muita violência, o clamor pela paz aumenta. Graças a Deus por esse clamor! C. S. Lewis diz que o sofrimento é o megafone de Deus para um mundo ensurdecido. O Salmo é um lamento que pede avivamento.

Precisamos lamentar, sim, mas não parar por aí. Precisamos dizer basta, mas não podemos parar por aí. O evangelho nos ajuda a entender o caminho da paz. Precisamos buscar o Senhor de todo o coração. Precisamos proclamar o evangelho da paz em alto e bom som. E precisamos viver o evangelho. Essa vida envolve o exercício de uma cidadania digna, compatível com o evangelho (Fp 1.27).