sábado, 18 de março de 2006

Uma noite para não se esquecer


Pareço perdido, esquecido

a derrota nunca pareceu tão iminente

e o fim tão presente

o desespero está latente

e os pés completamente distantes do chão


O medo se apoderando

e a solidão corroendo

a distância massacrando meus amados

a futilidade soberba e imponente, governa

a vaidade exposta e desagradável não perde a majestade


O fracasso é dolorido e me comprime

já o desânimo – de tão opressor, fere-me

a alma pesada e abatida leva-me a lona

esperança essa que está reduzida a pó

pó esse, de onde vim – minha origem


Combinação interessante

tempo inusitado e indesejável

crescimento forçado e arrependimento confessado

lembranças e sonhos, sem síndrome de superioridade

apenas uma esperança de igualdade


Não me agarro à cadeira

podes tirá-la

minhas pernas embora trêmulas, não se arredam

tudo pode mudar e o tempo fechar

Tu não me disseste que seria fácil


Não sobrou muito

mas

eis me aqui