quarta-feira, 27 de março de 2013

A igreja que deixou de ser Igreja

Ao anjo da igreja em Laodicéia escreva: Estas são as palavras do Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o soberano da criação de Deus.
Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente!  Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca.
Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu. Dou-lhe este aconselho: Compre de mim ouro refinado no fogo e você se tornará rico; compre roupas brancas e vista-se para cobrir a sua vergonhosa nudez; e compre colírio para ungir os seus olhos e poder enxergar.
Repreendo e disciplino aqueles que eu amo. Por isso, seja diligente e arrependa-se. Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.
Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Apocalipse 3:14-22

Quando João escreve as palavras de Jesus à Laodicéia, a última das sete igrejas mencionadas, o final do primeiro século se aproximava. A igreja que havia surgido e se fundamentara sobre a doutrina dos apóstolos não era mais a mesma. Não há nenhum elogio sequer na carta a esta comunidade. Pelo contrário, apenas admoestação para que a igreja se arrependa dos seus maus caminhos.

A expressão que Jesus usou para eles condiz com cristãos nominais – eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta... – observe que a religiosidade era vazia de significado, não envolvia comunhão pessoal com o Senhor Jesus, pois este foi o convite que o próprio Cristo fez a eles – entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.

O grande problema dessa igreja era a indiferença, cheios de si não havia mais espaço para o discernimento, o arrependimento, o choro, a confissão. À medida que os dias se passavam, a igreja perdia Jesus de vista.

O que essa mensagem diz a nós hoje?

quarta-feira, 13 de março de 2013

Guarda o teu coração



"Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.” (Provérbios 4:23)

O livro de provérbios nos fala sobre sabedoria. E aqui não se pode confundir sabedoria com acúmulo de informações ou especialidade num determinado assunto, mas sim como sabedoria para viver bem, ou seja, capacidade de avaliar as oportunidades que estão diante de nós e a partir daí fazer uma análise crítica (discernimento), realizar escolhas que acrescentarão qualidade para a nossa vida e que estarão em harmonia com a vontade de Deus revelada na Bíblia.

Uma das grandes dicas que o livro de provérbios nos dá é sermos cuidadosos com o nosso coração, dar a atenção devida a ele. Isso porque o coração é aquilo que há de mais profundo, ou central numa pessoa. É no coração que se concentram às disposições verdadeiras que afetam todo o nosso ser, tanto as boas quanto as más. É no coração que se define a quem servimos com a nossa vida, se a Deus ou a um ídolo. As nossas atitudes, palavras e vontades revelam as intenções e motivações do coração (Mt 6:19-21; Mc 7:17-23; Lc 6:43-46).