segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A igreja que Jesus concebeu é a igreja que sonhamos





Para sonhar com a igreja que Jesus concebeu, sugiro as palavras inspiradas do apóstolo Paulo, na sua segunda carta enviada ao pastor da igreja de Éfeso, o jovem Timóteo.
Paulo orienta Timóteo a zelar pelo ministério que o Senhor lhe havia concedido. O ensino do experiente apóstolo, já avançado em idade, nos traz verdades importantes sobre a igreja que devemos sonhar, com idealismo e os pés no chão.

  1. Uma igreja que não despreza seu passado
“Permanece nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu” (3:14).
Paulo estava próximo de sua morte e provavelmente está foi à última carta escrita por ele. O apóstolo está preocupado com a transição de liderança na igreja, na expectativa que Timóteo continue a obra iniciada no dia de Pentecostes, quando o Espírito de Deus foi derramado sobre os discípulos, data de origem da igreja do Senhor Jesus. Um povo particularmente seu, chamado para andar nas boas obras de antemão preparadas por Deus, para que o mundo vendo-as glorifique ao nosso Deus e Pai que estás nos céus.
  1. Uma igreja que não se afasta das Escrituras
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (3:16-17).
Note que falamos de toda Escritora e de toda boa obra, a ênfase aponta para a fidelidade em ser inteiro. Para isso precisamos de espaço de correção, repreensão e educação na justiça, um espaço comunitário saudável.
Só assim poderemos nos manter longe do positivismo, da teologia da prosperidade, do relativismo moral, do sincretismo religioso, da religiosidade destituída de Deus, e de tantos outros males que nos assombram.
  1. Uma igreja que não se cansa da sua missão
“prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (4:2-5).
Uma igreja relevante é conhecedora do seu tempo, sóbria, conhece as estruturas deste século. Ela combate os sofismas deste mundo, levanta a voz contra uma sociedade hedonista, não se sujeita a secularização e promove em Cristo Jesus a transformação do homem e da sociedade, buscando o ser inteiro, criado a imagem e semelhança de Deus.
A igreja precisa de sobriedade, discernir os tempos que vivemos e ser agente de transformação, sendo relevante na vida e presente na sociedade. Não ignorando sua história, sempre submissos e atentos a Bíblia, e focados na missão de ser um espaço sadio para o desenvolvimento da fé.
Crianças, adolescentes, jovens, adultos e velhos, todos nós que fazemos parte do corpo de Cristo temos esta incumbência de sonhar, não com coisas irreais, mas com igreja idealizada por Jesus.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Confrontando o orgulho

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.” (Romanos 12:2-3)
A vida cristã é resultado da graça, do favor de Deus. O que somos é resultado direto da misericórdia dEle, e tem como propósito o louvor da glória de Deus. Não há espaço para a altivez de espírito, mas tão somente para a humildade e a vida em comunhão com Deus e com o próximo, um sinal de dependência.


O problema do orgulho
O orgulho é o primeiro, o pior e o mais predominante dos pecados capitais. Isto porque em muitas das vezes ele é a fonte dos demais pecados, ninguém está livre dele. Sua origem não está no mundo e nem na carne, mas no próprio diabo. (OS GUINNESS)

A Bíblia diz que o pecado de Lúcifer foi se exaltar no seu coração, cheio de orgulho e vaidade quis se assemelhar a Deus (Isaías 14:12-15; Ezequiel 28:12-19). O orgulho é um pensamento indevido de si mesmo, de alguém que se eleva e desconsidera tudo a sua volta, uma atitude irracional de auto-suficiência.

O orgulho cega o homem, entorpece a alma e o distância de tudo que está a sua volta, seja de Deus, do próximo, ou até mesmo da realidade. O homem dominado pelo orgulho tem como fim a sua ruína, caracterizado pelo desamparo, pois há muito tempo ele confia apenas na sua força.

O orgulho na cultura contemporânea
Os Guinness propõe o seguinte dilema - vivemos um momento no qual o mundo achou duas formas de mudar este vício em virtude.

1. Mudou-se a sua definição, confundindo orgulho com amor próprio.

2. A motivação que levava a sociedade a considerá-lo um vício foi contestada.

Toda reivindicação de direito é a mim, pois a perspectiva que vale é a minha, independente da realidade que seja. A proposta é de uma construção individual da sociedade, na qual sobressaem os fortes, observa-se um espírito essencialmente competidor. O homem nesta proposta está centrado em si mesmo e na auto-suficiência, é autônomo e livre de tudo e de todos.

Do ponto de vista bíblico, o orgulho é a violação e a desordem fundamental do amor, pois põe o amor próprio frente do amor a Deus. Ele quebra os mandamentos de amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo.

C. S. Lewis, em seu livro Cristianismo Puro e Simples, dedica um capítulo todo para falar sobre o grande pecado, o orgulho. O livro faz apologia da fé cristã, mostrando a sua relevância frente uma sociedade cada vez mais descrente. Segue algumas de suas idéias sobre o vício do orgulho:

1. O orgulho é essencialmente competidor, movido pelo prazer de estar acima do outro.

2. O orgulho sempre significa inimizade, entre seu próximo e Deus.

3. O orgulho não vem da nossa natureza animal, mas diretamente do inferno. Ele é puramente espiritual, e, por isso é o mais sutil e mortal.

4. O orgulho é um câncer espiritual. Ele corrói a própria possibilidade de amor, de contentamento ou, até mesmo, de bom senso.

Essas fortes palavras de Lewis são como uma lanterna para ajudar a enxergar os intentos do coração, para discernir as intenções e medir sobre suas terríveis conseqüências na alma.

Humildade, a virtude que se opõe ao orgulho
A sabedoria do livro de Provérbios e a boa leitura que C. S. Lewis faz da ditadura do orgulho são importantes para despertar a mente. Elas devolvem a sensatez.

Com os humildes está à sabedoria, serão felizes e obterão honra porque confiam no Senhor (Provérbios).

Jesus nos disse que bem-aventurados são os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5:3). Essa é a proposta do reino de Deus que se opõe fortemente aos valores deste século, por isso Paulo adverte a transformar a mente.

Lembre, ninguém pense de si mesmo além do que convém!

Referências:
Os Guinness. Sete pecados capitais. Editora Shedd Publicações.
C. S. Lewis. Cristianismo Puro e Simples. Editora Martins Fontes.

Por Pedro Paulo Valente

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A dinâmica do perdão na oração

“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens {as suas ofensas}, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:14-15”
Jesus ensina os seus seguidores sobre os fundamentos da oração, uma oração transformadora, justa e agradável. A oração que move o nosso coração para perto de Deus, que inclina Seus ouvidos a nós, e modifica não apenas circunstâncias, mas também a orientação de nossas vidas.

Com essa compreensão, Jesus nos ensina sobre a importância do perdão na oração. O perdão na vida cristã é a motivação máxima que conduz o homem a oração, e ao mesmo tempo o resultado mais instantâneo e libertador que alguém pode obter de seus benefícios.

Não podemos confundir essa advertência de Jesus com um conceito moderno de que a prática do bem nos torna dignos de redenção. Se isso fosse verdade o sacrifício de Cristo teria sido inútil. A ênfase do ensino de Cristo não está no favor que obtemos pelo exercício do perdão, pelo contrário, em harmonia com os ensinos de Jesus e as Escrituras, podemos entender, sem receio algum, que é o perdão de Deus a nós concedido gratuitamente que possibilita o exercício do perdão para com o próximo.

Para entender melhor, veja a resposta de Jesus a pergunta de Pedro sobre quantas vezes devemos perdoar nosso irmão, e a parábola que Jesus propôs para ilustrar essa verdade.
O ensino de Jesus é direto e preciso. A dívida pelos nossos pecados tomou uma proporção que nos impossibilita de qualquer ato compensatório, estamos a mercê da misericórdia dAquele que tem poder para lançar a alma no inferno, isso mesmo, Deus. A prestação de conta é certa, não há como escapar deste dia. O cristão é aquele que desfruta da misericórdia de Deus, através da revelação e dos benefícios contidos na obra vicária de Jesus Cristo.

O cristão embriagado com a graça abundante de Deus tem como obrigação exercer misericórdia ao seu próximo, uma vez que ofensa alguma que ele venha sofrer se compara com aquela que Ele causou a Deus. Jesus ensina na oração do Pai Nosso (Ver Mateus 6:9-15) que devemos perdoar os nossos devedores, pois uma atitude contrária revela a incoerência de rogar o perdão de Deus.

A verdade é que não existe vida cristã sem perdão, este tema é central no cristianismo. Perdoar é liberar o devedor de um fardo insuportável e apenas o ofendido pode realizá-lo. Uma manifestação verdadeira e visível de esperança na mudança, na transformação. Pois apenas o perdão possibilita o fim da corrente do mal.

O exercício do perdão não é simples, porém é fundamental o cristão se aplicar nesta prática.  Por isso mesmo Jesus inclui a dimensão do perdão na oração cotidiana do cristão. Ele é poderoso para transformar circunstâncias e fundamental para o exercício da misericórdia. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Mt 5:7”.

“Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males.” 1 Pedro 3:8-12

“Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Romanos 12:17-21

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A instrumentalidade da fé na oração

O conceito de graça presente no cristianismo é único, e o diferencia de todas as demais religiões. O favor imerecido de Deus não deixa espaço para o mérito humano, pelo contrário, todos estão em pé de igualdade e carentes de Deus, mortos em seus pecados e delitos. Como pode um morto fazer algo em favor de sua salvação?

A porta de entrada ao cristianismo e toda a sustenção da vida cristã se deve a graça de Deus. João Calvino, o reformador do século XVI disse – ‘Ora, pode-se perguntar: como o homem recebe a salvação que lhe é oferecida pelas mãos divinas? Eis minha resposta: pela instrumentalidade da fé. Da parte de Deus é graça somente, e nada trazemos senão a fé, a qual nos despe de todo louvor pessoal, então se segue que a salvação não procede de nós’.

O que se pede ao homem é tão somente que creia. Jesus advertiu em inúmeras oportunidades aos seus discípulos quanto ao perigo da incredulidade, o perigo do conhecimento dissociado da vida. A incoerência do conhecimento que não acrescenta à vida é um caminho que nos leva a lugar nenhum.

Dessa forma o autor de Hebreus lembrou a seus irmãos que “de fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam. Hebreus 11:6” Ou seja, a fé é o instrumento que Deus nos deu para participar de seus benefícios a nós, sem ela continuamos anos luz distantes da graça de Deus, ainda que ela esteja à nossa disposição.

‘A fé, pois, põe diante de Deus um homem vazio, para que o mesmo seja enchido com as bênçãos de Cristo’ (João Calvino).

O livro de Hebreus também vai apresentar uma definição sobre fé. ‘Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem’ (Hebreus 11:1). Esse conceito de fé nos ajuda a orientar a fé de duas formas. A primeira é que fomos abençoados com toda a sorte de bênção espiritual em Jesus Cristo (Ef 2:3), provamos do favor de Deus, fomos agraciados pela obra redentora de Jesus em nosso intermédio, e isto é fato, ainda que não vejamos. A segunda é que Deus intervém em nosso favor, já desfrutamos os benefícios da obra redentora de Jesus, mas aguardamos o dia no qual ela será completa em nós.

A oração é o meio pelo qual comunicamos a Deus nossa fé nEle. O momento que nos apresentamos a Ele como copos vazios na expectativa de sermos cheios das bênçãos de Cristo. O apóstolo Tiago menciona em sua carta a oração da fé, na qual apresentamos a Deus a nossa carência e ficamos em prontidão, na expectativa de sua ação em nosso favor, sem duvidar (Tg 1:5-8). O mesmo Tiago também nos adverte sobre a fé fingida e escusa, daquele que não compreendeu a graça de Deus – ‘pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres (Tg 4:3)’.

A oração da fé nos possibilita manter os olhos em Jesus, o autor e consumador da nossa fé (Hb12:2), a manter firme a nossa confissão. Pois temos um sumo sacerdote que possibilita achegarmos a Deus, ao seu trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna (Hb 4:14-16).

Logo, a fé muito se diferencia da superstição e da magia. Ela é fundamentada na obra de Cristo, não é orientada pelas nossas efêmeras paixões, mas pelo evangelho, e deposita toda a sua eficiência em Jesus. A fé não deixa o cristão nas mãos da sorte e do acaso, mas enche a alma de esperança na convicção de que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8:28), um Deus que intervém na história.

domingo, 5 de setembro de 2010

A oração transformadora

“E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.
Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais". (Mateus 6:5-8)
A oração do ‘Pai Nosso’ ensinada por Jesus não é utilitária, mas transformadora. Poderosa para modificar mentes e sofismas. Jesus ensina que a maior necessidade do homem não é mudar circunstâncias, mas mudar o coração. Jesus ensina que é preciso olhar para o Pai, submeter-se e confiar no Pai.

Chama atenção o ensino de Jesus sobre oração, que antecede o modelo proposto do ‘Pai Nosso’. Duas advertências são apresentadas à multidão que o cercava ao longo do Sermão do Monte, são elas: não sejam como os hipócritas e não ajam como os pagãos (ou gentios).

A referência de hipocrisia que Jesus se utiliza é aquela praticada pelos fariseus, que se preocupavam tanto com o exercício de uma religiosidade externa, de aparência, e se esqueciam do essencial. Esse caminho levava os líderes religiosos a um distanciamento cada vez maior de Deus, embora fossem considerados piedosos nas suas respectivas comunidades.

Jesus chama seus discípulos para o exercício de uma espiritualidade genuína, que brota de um coração arrependido e de uma real intencionalidade em se aproximar de Deus. A verdadeira oração exige arrependimento. “Que cada um, portanto, que ao prepara-se para orar sentindo-se insatisfeito com o que está errado em sua conduta, admitindo que não pode fazê-la sem arrependimento, revista-se do perfil e sentimento de um pedinte.” Citação do reformador João Calvino.

A revelação de Deus à humanidade passa pela cultura judaica. Por mais de 2000 anos Israel foi a única nação monoteísta na face da Terra, em oposição ao politeísmo práticado pelas demais nações. A religião pagã estava centrada no conceito da existência de vários deuses que lutavam entre si pela hegemonia, corrompidos como os homens e inflamados por todo tipo de vício presente na humanidade, esses deuses eram responsáveis pelos favores e pelos males que sobreviam ao homem. Para alcançar o favor de um deus pagão era necessário convencê-lo deste bem, isso envolviam relações de trocas e boa capacidade de persuasão.

Ao ensinar seus seguidores a não seguir o caminho dos gentios, Jesus se opõe fortemente a essa imagem distorcida de Deus que muitos haviam adquirido pelo convívio com outros povos. Jesus está desfazendo essa concepção de um deus egoísta que muitos tinham equivocadamente, e apontado para a realidade de um Deus relacional e amoroso. A expectativa de Jesus é que seus discípulos possam substituir esta relação utilitária por outra pessoal, através da reconciliação com Deus oferecida pela vida de Jesus Cristo.

A verdadeira oração é transformadora, não apenas de realidade, mas principalmente de vida. Pela disciplina da oração somos levados ao autoconhecimento, ao discernimento de nossos desejos e caprichos, e ao contentamento pelo simples prazer de estar com Deus.