segunda-feira, 10 de maio de 2010
Parábola do Servo Impiedoso
“Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?"Jesus respondeu: "Eu lhe digo: Não até sete, mas até setenta vezes sete" Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. "O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: 'Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo'. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir. "Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Pague-me o que me deve!' "Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: 'Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei'. "Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. "Então o senhor chamou o servo e disse: 'Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?' Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. "Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão". Mateus 18:21-35”
A pergunta de Pedro a Jesus é bastante interessante. O apóstolo deseja saber quantas vezes ele deve perdoar a seu irmão (seu próximo) baseado na discussão anterior de como tratar a ofensa de um irmão. Pedro acredita que deva haver um limite para o perdão de pecados reincidentes. Jesus responde com um número exorbitante, a idéia é simples – até sete vezes você consegue contar as ofensas do seu irmão, mas ninguém se atreveria a enumerá-las até 490 vezes, ou seja, não há limites para perdoar uma ofensa.
Como essa resposta de Jesus soa estranha e inconcebível para o nosso senso de justiça e compaixão própria, Ele passa a contar uma parábola a fim de ilustrar melhor o dever do cristão de perdoar sempre.
Os personagens da parábola são o rei que é uma imagem de Deus e dois servos, um que devia uma soma exorbitante ao rei, que por mais que se esforçasse jamais poderia saldar esta dívida, e outro servo que devia o equivalente a três meses de salário àquele que devia uma soma dez mil vezes maior. O servo que deve ao rei, após muito implorar, alcança compaixão e recebe o cancelamento de sua dívida. Após retirar-se da presença do rei, ainda sobre os efeitos deste ato misericordioso, ao encontrar seu devedor ele cobra a dívida severamente e lança o seu irmão a prisão até quitar o débito. A notícia chega até o rei, que indignado chama o primeiro servo e o repreende, e por não entender o significado da misericórdia tem a sua dívida recuperada e devido a sua incapacidade de quitá-la é entregue ao tormento eterno.
O ensino de Jesus é direto e preciso. A dívida pelos nossos pecados tomou uma proporção que nos impossibilita de qualquer ato compensatório, estamos a mercê da misericórdia dAquele que tem poder para lançar a alma no inferno, isso mesmo, Deus. A prestação de conta é certa, não há como escapar deste dia. O cristão é aquele que desfruta da misericórdia de Deus, através da revelação e dos benefícios contidos na obra vicária de Jesus Cristo.
O cristão embriagado com a graça abundante de Deus tem como obrigação exercer misericórdia ao seu próximo, uma vez que ofensa alguma que ele venha sofrer se compara com aquela que Ele causou a Deus. Jesus ensina na oração do Pai Nosso (Ver Mateus 6:9-15) que devemos perdoar os nossos devedores, pois uma atitude contrária revela a incoerência de rogar o perdão de Deus.
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