segunda-feira, 17 de maio de 2010

Parábola do Rico Insensato


“Então lhes contou esta parábola: "A terra de certo homem rico produziu muito. Ele pensou consigo mesmo: 'O que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita'. "Então disse: 'Já sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a minha safra e todos os meus bens. E direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se'. "Contudo, Deus lhe disse: 'Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?' "Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus". Lucas 12:16-21”

Essa seqüência de pronomes possessivos na parábola de Jesus revela o egoísmo deste homem rico, que tem como propósito ajuntar seus bens oriundos de uma colheita abundante para ter segurança na vida. A busca é por auto-suficiência e controle do seu futuro. A história mostra a estupidez de apoiar-se nas riquezas, da falsa impressão que elas resolvem qualquer problema.

Duas reflexões vêm à tona a partir desta ilustração de Jesus. A primeira é a relação que o homem deve ter com a riqueza, o uso correto das posses materiais. Outra reflexão importante a partir do texto poderia muito bem ser uma pergunta, aonde depositamos nossa confiança?

A vida é incerta, traz suas surpresas e por mais precavidos que sejamos ela sempre nos pega de calça curta. Apenas um tolo pode pensar que terá o controle do futuro. O amor a riqueza é uma sedução sutil, que se veste de prudência algumas vezes e ninguém escapa de seus ataques. Ela é ardilosa e seu único propósito é provocar no coração do homem o orgulho da auto-suficiência, seu fim é incitar no interior do indivíduo o sentimento de que ele se basta e seu esforço justifica seu caráter. Esse amor é mundano, finca as raízes nesta terra, se distância de Deus e do próximo.

O cristão não se embriaga com a riqueza, ele resiste a tentação repartindo o que tem com o necessitado. Ele não se domina pelo dinheiro, mas vence essa obsessão promovendo a justiça e a misericórdia, evidenciando sinais do reino de Deus. A sabedoria é saber que as riquezas não nos acompanharão para sempre e a entrada nos céus não pode ser comprada por soma alguma de dinheiro. Vale lembrar a advertência de Jesus que o que importa é ser rico para com Deus.

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