“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens {as suas ofensas}, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:14-15”
Jesus ensina os seus seguidores sobre os fundamentos da oração, uma oração transformadora, justa e agradável. A oração que move o nosso coração para perto de Deus, que inclina Seus ouvidos a nós, e modifica não apenas circunstâncias, mas também a orientação de nossas vidas.
Com essa compreensão, Jesus nos ensina sobre a importância do perdão na oração. O perdão na vida cristã é a motivação máxima que conduz o homem a oração, e ao mesmo tempo o resultado mais instantâneo e libertador que alguém pode obter de seus benefícios.
Não podemos confundir essa advertência de Jesus com um conceito moderno de que a prática do bem nos torna dignos de redenção. Se isso fosse verdade o sacrifício de Cristo teria sido inútil. A ênfase do ensino de Cristo não está no favor que obtemos pelo exercício do perdão, pelo contrário, em harmonia com os ensinos de Jesus e as Escrituras, podemos entender, sem receio algum, que é o perdão de Deus a nós concedido gratuitamente que possibilita o exercício do perdão para com o próximo.
Para entender melhor, veja a resposta de Jesus a pergunta de Pedro sobre quantas vezes devemos perdoar nosso irmão, e a parábola que Jesus propôs para ilustrar essa verdade.
O ensino de Jesus é direto e preciso. A dívida pelos nossos pecados tomou uma proporção que nos impossibilita de qualquer ato compensatório, estamos a mercê da misericórdia dAquele que tem poder para lançar a alma no inferno, isso mesmo, Deus. A prestação de conta é certa, não há como escapar deste dia. O cristão é aquele que desfruta da misericórdia de Deus, através da revelação e dos benefícios contidos na obra vicária de Jesus Cristo.
O cristão embriagado com a graça abundante de Deus tem como obrigação exercer misericórdia ao seu próximo, uma vez que ofensa alguma que ele venha sofrer se compara com aquela que Ele causou a Deus. Jesus ensina na oração do Pai Nosso (Ver Mateus 6:9-15) que devemos perdoar os nossos devedores, pois uma atitude contrária revela a incoerência de rogar o perdão de Deus.
A verdade é que não existe vida cristã sem perdão, este tema é central no cristianismo. Perdoar é liberar o devedor de um fardo insuportável e apenas o ofendido pode realizá-lo. Uma manifestação verdadeira e visível de esperança na mudança, na transformação. Pois apenas o perdão possibilita o fim da corrente do mal.
O exercício do perdão não é simples, porém é fundamental o cristão se aplicar nesta prática. Por isso mesmo Jesus inclui a dimensão do perdão na oração cotidiana do cristão. Ele é poderoso para transformar circunstâncias e fundamental para o exercício da misericórdia. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Mt 5:7”.
“Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males.” 1 Pedro 3:8-12
“Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Romanos 12:17-21
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