quinta-feira, 1 de março de 2007

Loucura da pregação

Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.

I Co 1:18.

Se as palavras de Jesus já soavam estranhas para o mundo 2000 anos atrás, por que seria diferente hoje? Isso só provaria que a humanidade evoluiu. Que com o desenvolvimento da tecnologia trouxe além de conforto e longevidade de vida, esperança ao homem. Que com o acúmulo de conhecimento e a multiplicação de doutores, mestres, padres e pastores, o amor ao próximo brotou em nossos corações. Que com a democracia irrompendo contra a tirania, ainda que tenha que se valer da força, a justiça raiou soberana e imponente. Que em meio ao sistema financeiro regente, o capitalismo domesticado, a paz triunfou. Que Cristo finalmente reina no coração do mundo, pois esse foi o lema da igreja visível em seus milhares de anos de existência – ganhar o mundo.

Não, nada mudou, com exceção do cenário. Continuamos na mesma, patinando e atolados numa poça de pecados. A bestialidade toma conta de todos. O amor se esfria, como previsto por Cristo. E a fé, pois bem, dela eu pretendo nem discutir, pois a definição de seu conceito contemporâneo ainda é bastante nebulosa. O ego, esse sim, esse se desenvolveu, hoje é conhecido como HIPEREGO.

Antes das bem-aventuranças, proferidas no famoso Sermão do Monte, Jesus era conhecido apenas por realizar milagres, pregar uma tal de Boas Novas do Reino e por fazer curtas pregações – Arrependei-vos! Crede! Sigam-me! Jesus era uma aberração não apenas para os pagãos, mas também para os religiosos tementes a Deus.

As oito bem-aventuranças ensinadas provavelmente foi o atestado de insanidade de Jesus, tanto que depois delas, poucos o levaram a sério, assim como acontece hoje. Conhecido como o evangelho da contra-cultura, o Sermão do Monte é ousado desde o início. Cristo afirma que os pobres, os que choram, os humildes, os que anseiam por justiça, os misericordiosos, os puros, os pacificadores e os perseguidos são felizes. O Messias felicita aqueles que estão à margem da sociedade.

Dúvidas:

  • Por que temos que tornar a mensagem do evangelho atraente?
  • Por que precisamos explicar todas as descobertas da ciência e provar que a Bíblia está certa?
  • Por que temos que fingir ser bem sucedido, prósperos e alegres?
  • Qual a diferença entre pregar o evangelho e fazer prosélitos? O que os jesuítas fizeram na América Latina? O que Jesus nos mandou fazer?