Vejo conflitos na minha fé.
Há inconsistência da sua expressão nos meus membros.
A sempre tão presente hipocrisia,
altiva, parece anular meus esforços.
O orgulho, ao invés de estar mortificado com a caminhada da fé,
aparece de maneira surpreendente mais pomposo e senhor de meu ego.
O aparente progresso tem gosto de retrocesso,
minhas passadas ainda estão aquém do esperado.
A igreja não ajuda, apenas alimenta meus sentimentos pecaminosos.
A cada reunião sinto fortalecer meu anseio por sucesso, glória, riqueza, poder, domínio, ou como queiram alguns, pela prosperidade.
As palavras de Jesus parecem murchas.
Aquele que odiar sua vida, a achará... Tome sua cruz e siga-me... Não andeis ansiosos por causa alguma... Não ameis o mundo... Bem aventurados os que choram, os pacificadores, os misericordiosos, os que têm fome e sede de justiça, os puros de coração, os perseguidos por causa da justiça... No mundo terei aflições... Arrependei-vos... O reino de Deus está próximo... Novos céus e nova terra...
Meus ouvidos coçam por palavras como bênção, milagre, vitória, líder, ungido, poder.
Ao meu redor todos parecem com o mesmo ânimo.
A multidão não está sedenta por Cristo, mas por prazer... O hedonismo está presente na igreja.
Sofro, pois ao meu redor, em companhia dos irmãos, meus pecados são consolados e sinto-me revigorado para cometê-los novamente.
Mas Cristo fala de uma Igreja sem mácula. A invisível. Confesso que o motivo de ainda lutar é por sonhar fazer parte deste povo, pois o daqui já era.
Por isso insisto na leitura, interpretação e aplicação das Escrituras. O poder que ressuscitou Cristo a de transformar essa minha maldade, há de trazer graça a minha miséria e me libertar dessa imundícia.
Maranatha vem Senhor Jesus!