A Igreja de Jesus é composta por homens regenerados pelo Espírito Santo, através do poder da obra salvífica de Cristo, proporcionando a comunhão novamente entre o homem e Deus, o homem e seu próximo e o homem consigo mesmo, anteriormente perturbada pelo pecado.
A restauração do homem remido o direciona para o propósito pelo qual foi criado, glorificar a Deus através do amor – amor a Deus e ao próximo na mesma medida que ama a si mesmo.
O relacionamento oriundo da fraternidade cristã permite o viver em comunidade, espaço este essencial para a profissão e o desenvolvimento da fé, exortando e admoestando um ao outro, compartilhando os fardos e procurando parecer mais com o Mestre.
A vida no Espírito Santo e em comunidade nos fortalece para cumprir a grande comissão, ou seja, testemunhar de Cristo a todos aqueles que nos cercam nesta peregrinação, fazendo discípulos de Jesus.
Toda comunidade requer um conjunto de normas/regras para organizar o grupo de indivíduo que de alguma forma se identificam. A comunidade cristã não é diferente, e vale-se das instituições que servem para a sistematização da fé e orientar o culto comunitário. A problemática está no desvio das Escrituras e o abandono de uma vida piedosa, como resultado da centralização e do monopólio da instituição na fé cristã.
Não há dúvida de que a confusão da instituição com a Igreja, tão natural nos nossos dias, é uma subversão ao reino de Deus. Esse desvio conduz a cegueira espiritual, com a conseqüente inversão dos valores do reino dos Céus – o distanciamento das bem aventuranças e a aproximação dos “ais”. O resultado é uma pseudo igreja procurando fincar raízes neste mundo, conformando-se a mentalidade deste século, atraída pelas riquezas e poder desta era.
Triunfalismo vazio de relevância, insípido e apagado, promotor de guerras e indiferenças, envergonha o Evangelho com o cheiro podre da corrupção que emana do seu seio. Pobre, cega e nua. Esqueceu-se de Cristo, que do lado de fora bate na porta e procura uma contrição para com ela voltar a ceiar. Usurpando o senhorio de Cristo sobre os pequenos, apresenta-se como a toda poderosa voz de Deus, para um povo distante da Verdade e surdo, que a obedece cegamente, porque também os agrada empurrar com a barriga o juízo de Deus.