sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

As perfeições de Deus



Tão oculto e tão presente, formosíssimo e fortíssimo, estável e incompreensível;
imutável, mudando todas as coisas; nunca novo e nunca velho;
renovador de todas as coisas, conduzindo à ruína os soberbos sem que eles o saibam;
sempre agindo e sempre em repouso; sempre granjeando e nunca necessitado;
sempre sustentando, enchendo e protegendo; sempre criando, nutrindo e aperfeiçoando,
sempre buscando, ainda que nada te falte.

Amas sem paixão; tens zelo, e estás tranquilo; te arrependes, e não tens dor;
te iras, e continuas calmo; mudas de obra, mas não de resolução;
recebes o que encontras, e nunca perdeste nada; não és avaro, e exiges lucro.
A ti oferecemos tudo, para que sejas nosso devedor; porém, quem terá algo que não seja teu, pois, pagas dívidas que a ninguém deves, e perdoas dívidas sem que nada percas com isso?

Oração de Santo Agostinho (354-430 d.C.)

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