quinta-feira, 30 de julho de 2020

Passar a história adiante

Os pioneiros da IPV, ano de 1959.

“O que ouvimos e aprendemos, o que nossos pais nos contaram. Não os esconderemos dos nossos filhos; contaremos à próxima geração os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez.” [Salmo 78.3-4 - NVI]

 

O Salmo 78 é dedicado a contar a história de um povo. Todavia, ao contar essa história, Asafe, o levita, também está contando a história da Redenção. As duas coisas se misturam porque esse povo foi formado por Deus, e por isso mesmo, tinha uma Aliança com o Altíssimo. Ao longo desse relacionamento, o Deus vivo e verdadeiro foi se revelando através de seus feitos louváveis que manifestava o seu poder, e da sua lei que evidenciava o seu caráter. A narrativa revela uma história amorosa entre o Deus fiel e seu povo de coração duro e obstinado, não escondendo o desvio, contratempo e desperdício pelo lado humano desse enredo, e por outro lado, exaltando a misericórdia, graça e salvação Divina.

Asafe conta a história e desde o começo identifica o ponto constante da queda de Israel. O povo se esquecia com frequência da sua história, do seu Deus, e consequentemente da Aliança. Foi assim que aconteceu logo após a morte de Josué, depois que toda a sua geração morreu, “surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor e o que ele havia feito por Israel” (Juízes 2.8-10). Que tristeza! E essa história se repete frequentemente não só no livro de Juízes, mas em todos os demais livros históricos e proféticos do Antigo Testamento.

E o prólogo do Salmo é uma lembrança da grande responsabilidade que uma geração, e mais especificamente os pais, tem de transmitir o conhecimento do Senhor – quem Ele é o que Ele faz – a outra geração.

Em agosto a Igreja Presbiteriana de Viçosa completará 55 anos de organização, mais precisamente no dia 12/08. Mas a história da plantação da primeira igreja evangélica de Viçosa começa no final da década de 50. É uma história linda, de coragem e perseverança, que exalta os grandes feitos de Deus. Precisamos relembrar essa história e contá-la a nova geração! 

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Não me deixes ficar pensando nas coisas sem valor


Desvia os meus olhos das coisas inúteis; faze-me viver nos caminhos que traçaste. (Salmo 119.37, NVI)

Existem coisas que capturam os nossos olhos, ou os nossos pensamentos, ou ainda mais profundamente, o nosso coração. Quem dera, tudo isso que nos cativa fosse verdadeiro, correto, nobre, puro, amável, de boa fama, excelente e digno de louvor (Fp 4.8). Mas, sinceramente, meus irmãos, não é assim. Vivemos num mundo caído e precisamos ser honestos conosco, o pecado afetou profundamente todas as nossas faculdades e desejos.

Dois personagens bíblicos me chamam atenção, Jó e Davi. O primeiro porque é tido como um homem íntegro e o segundo porque é descrito como um homem que tem um coração que agrada a Deus.

Jó, o homem íntegro, no qual Deus tem prazer, disse que fez uma aliança com os seus olhos: não olhar com cobiça para uma moça (Jó 31.1). É importante lembrar que ele era casado. Ele conhecia a sua natureza pecaminosa e decidiu tomar ações para não praticar o mal. Já o rei Davi, também fez algo em relação aos seus olhos, ele orava a Deus e pedia para que o Senhor desviasse os seus olhos das coisas inúteis, ou daquelas que não tinham valor algum. Que lição preciosa para nós, oração e atitude contra a cobiça.

O nosso Senhor Jesus Cristo também falou sobre os nossos olhos. Ele disse que se um deles nos fizessem pecar, deveríamos arrancá-lo e jogar fora (Mt 18.9). É evidente que o ensino aqui não é literal, mas ele está falando sobre a necessidade de lutar contra a cobiça, pois é ela que dá luz ao pecado, e este, por sua vez, gera a morte (Tg 1.13-15).

As Escrituras nos ensinam a lutar contra a cobiça da seguinte forma: 1. Ame a Deus e a sua Palavra; 2. Peça por socorro e que Deus desvie os seus olhos da cobiça (dessas coisas que não tem valor) e que abra os seus olhos para que contemple as maravilhas da Bíblia; 3. Faça uma aliança com os seus olhos, para que eles não se detenham no mal, mas em agradar a Deus e obedecer a sua vontade.

Senhor Jesus, por favor, ensina-nos, dirija-nos e inclina o nosso coração a tua Palavra, pois é nela que encontramos de fato a satisfação que tanto procuramos. Amém.



segunda-feira, 20 de julho de 2020

O que cativa a sua imaginação?



Não é difícil observar uma pessoa que tem a sua mente cativada por alguma pessoa, ideia, valor, ou qualquer outra coisa, e como ela começa a focar toda a sua energia nisso. A sua capacidade imaginativa é toda dominada por isso que agora governa e dirige os seus olhos e ouvidos, todos os seus sentidos. Observamos esse fenômeno em todas as áreas da vida, pense na política, o clima que o nosso país vive, quantas mentes estão cativas a uma ideologia e enxergam tudo na vida a partir dessa cosmovisão, e vivem com medo e ódio.

Agora repare nesse versículo: “Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo” (2 Co 10.5). Paulo usa uma imagem de guerra para falar de uma batalha que acontece em nossa mente, porque ela deve ser conquistada pelo Evangelho e se curvar diante do Senhorio de Cristo. Em outro lugar, o apóstolo diz: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). Uma imaginação que foi capturada pelo evangelho, ela abandona os moldes anticristo, porque tem em conta a vontade de Deus, uma vida em obediência, que é a experiência mais incrível que qualquer ser humano pode desfrutar nessa vida.

Por que eu digo isso na Páscoa? Se tem algo que pode capturar a nossa mente e nos conduzir a uma vida em paz, alegre e cheia de virtudes, isso é a boa notícia da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Ela traz luz ao mundo em trevas! Ela nos liberta do poder da morte para os portais da eternidade. Ela ergue os nossos olhos para as coisas celestiais e nos faz olhar para o mundo de outra forma, algo novo, poderoso, que não pode se corromper ou perder, que ninguém pode roubar, e que começa a libertar a sua imaginação para o mundo que Deus criou e está redimindo.

Perceba para onde a mensagem da ressurreição de Jesus vai te conduzir: “Ele (Jesus) morreu por nós para que, quer estejamos acordados (vivos) quer dormindo (mortos), vivamos unidos a ele” (1 Ts 5.10). Deus destinou o seu povo, aqueles que foram trazidos a ele pelo Evangelho, para a salvação. Isso significa que ele é o Deus de pessoas que viverão por toda a eternidade unidas a Jesus, porque Jesus vive. E nada, absolutamente nada, nem a morte, poderá nos separar do seu amor. Uma união inquebrável para toda a eternidade. A ressurreição de Jesus é o prenúncio da nossa ressurreição. Aleluia!