Jesus Cristo (Mateus 7:13-14)
O final do Sermão do Monte é bastante interessante, a partir da metade do capítulo 7, Jesus conta 3 parábolas para ratificar os ensinamentos anteriores, dentre essas, encontramos a curta parábola acima que em apenas 2 versículos nos adverte aos perigos de uma vida displicente e indiferente aos ensinamentos de Cristo.
Lembremos as primeiras pregações de Jesus, cuja temática era: Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo (Mt. 4:17). Agora como desfecho, Cristo diz não ser fácil entrar no Reino, pois o arrependimento pregado por Ele é o estado da alma do pecador que o leva há uma mudança de vida, conhecida como o novo nascimento, uma obra espiritual, divina, com conseqüências visíveis e palpáveis no cotidiano do pecador arrependido.
Essa conversão, descrita pelo apóstolo Paulo tem dois aspectos, o divino e o humano. No aspecto divino ele diz na carta ao seu discípulo Tito: Mas quando, da parte de Deus, nosso Salvador, se manifestaram a bondade e o amor pelos homens, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador (Tt 3:4-7). Ou seja, Deus na sua multiforme graça, exerceu misericórdia sobre o homem, atraindo-o a Si mesmo através da obra de Jesus, convertendo nosso coração. Por outro lado, Paulo afirma na sua carta aos romanos: Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12:1-2). Ao mesmo tempo em que a obra é divina, somos exortados a uma vida piedosa, não se deixando embaraçar pelos prazeres desse mundo e muito menos a se conformar com este século, no qual o seu príncipe tem cegado a muitos e os levado a uma disposição mental reprovável. Por isso irmãos, acheguemo-nos a Deus, desprovidos de toda auto-suficiente, com coração sincero e humilde, oferecendo-nos como sacrifício a Deus.
Infelizmente, o cristianismo hoje em voga, não é o verdadeiro, mas um falso, promovido pelo espírito do anticristo. Aprendemos que todo caminho leva a Deus, e que a voz do povo é a voz de Deus. Mentira! Anulam as palavras de Jesus – Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vêm ao Pai senão por mim (Jô. 14:6); Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! ( Mt. 7:14). A situação da igreja evangélica também não é nada animadora, prega-se prosperidade, triunfo, glória, poder, cura, vitória, alegria, paz... fazendo de Cristo uma mera força positiva, ou um santo superior, ou ainda o Papai Noel de todos os dias.
Gostaria de trazer a nossa memória duas admoestações, a primeira do profeta Oséias: Semeiem a retidão para si, colham o fruto da lealdade, e façam sulcos no seu solo não arado; pois é hora de buscar o SENHOR, até que ele venha e faça chover justiça sobre vocês (Os 10:12). A próxima é do profeta Isaías: Busquem o SENHOR enquanto é possível achá-lo; clamem por ele enquanto está perto (Is. 53:6). Amoleçam o coração, não se esqueçam de que nossa vida é curta e que o dia do Senhor se aproxima!
Na epístola de Judas, encontramos um apelo ao Jesus glorificado, a fim de que sejamos encontrados fiéis, e esse clamor que encerra a epístola cabe perfeitamente ao encerramento dessa meditação: Àquele que é poderoso para impedi-los de cair e para apresentá-los diante da sua glória sem mácula e com grande alegria, ao único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para todo o sempre! Amém.
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