sábado, 8 de março de 2008
Retrato 08.03.2008
Um estranho silêncio
Introspecção acompanhada de reflexão
Não hesito, prossigo
Sinto
O momento é oportuno
A situação difícil,
Porém favorável
Acredito
Paz que me surpreende
Alegria contida
Afeição intocável
Serenidade
Certo dia não mais temerei
O novo romperá
Como a luz da aurora
Resplandecerá
segunda-feira, 3 de março de 2008
Retrato 00.30
Atônito ouço sua voz
Trêmula, confunde-me
Tudo é real
Sinto profundamente
Lamento
Não desisto
Mas dilacerado prossigo
Ainda confio
Por que?
Não sei. Amo.
Morte. Perdi muito.
O ano que seria fantástico
A cada mês revela seu drama
Será que vou permanecer prostrado?
Não encontro luz
Cristo parece observar
Será apenas um drama?
A minha vida não permite peça
Arte ela desconhece
Sou mesmo um peregrino
Salvação, minha companheira
Convidei a Fé
Para esta ceia
Nos serviremos de Graça
Pois a misericórdia forra a mesa
RETRATO 02.03.2008
O coração acelerado faz companhia as minhas pernas bambas
A vida me surpreende
Percebo que vive alheio a realidade
Sou menino
Não percebo nada
Olho para dentro e sinto falta
Faltam pedaços e os retalhos
Insuficientes são para cobrir minha nudez
Humilhado, choro
Não me canso
Os olhos vermelhos tornaram-se amigos
Vaidade não existe
Orgulho não serve mais
Insegurança e medo vêem me assaltar
A paz dissipa num céu carregado de nuvens
O meu sono desaparece
Sobra a dor
Meu pão é amargo
Sinto a fúria do Diabo
O olhar é baixo
O medo me paralisa
Não penso, sofro calado
O conto acabou