“Por isso, também eu, tendo ouvido da fé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos, não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.” Efésios 1:15-23
Paulo inicia uma intercessão pelos cristãos que estão na Ásia Menor, a eles foi destinada a carta. A oração é para que Deus conceda a eles o pleno conhecimento de Jesus Cristo. Ao decorrer desta súplica, o apóstolo revela ao leitor o que está em sua mente quando se refere ‘ao pleno conhecimento de Jesus’.
‘Conhecimento’ na nossa era tem conotação meramente científica, e nem sempre está associado à vida, pelo contrário, é muito comum observar vidas incompatíveis de grandes estudiosos com um estilo de vida incoerente ao seu ‘conhecimento’, comportando-se como tolos. O ‘conhecimento’ também está atrelado a poder e domínio, e em muitos dos casos, com grande inclinação para o mal. Há ainda aqueles que buscam o ‘conhecimento’ para uma vida cada vez mais autônoma, independente de Deus.
Ao contrário deste cenário moderno, que reduz o conhecimento a ciência e a falsa pretensão de que esta é antagônica a revelação de Deus; o cristianismo fala do conhecimento que orienta a vida, que liberta o homem da tirania do pecado, que promove o bem e a justiça, que produz esperança, que revela o Criador.
A Verdade digna de ser conhecida, investigada e apropriada pelo homem, da qual o apóstolo se refere é Jesus Cristo, o Filho de Deus, Salvador e Senhor. Esse conhecer que ultrapassa a cognição, alcançando mente e coração simultaneamente, preservando o ser integral e resgatando a honra do homem criado a imagem de Deus (Ver Salmo 8).
Muitos no ocidente conhecem o Jesus histórico pregado na cruz pelos pecados da humanidade, mas poucos conhecem o Jesus histórico ressurreto e exaltado, que subiu aos céus e detém o poder para administrar em seu nome o governo dos céus e da Terra. Sua posição é muito superior a principados, potestades, poderes e autoridades, a tudo o que se pode mencionar.
O senhorio de Jesus aponta para um futuro de esperança, a era vindoura, na qual a história há de ser redimida e todo o cosmo há de ser restaurado pelo mesmo poder que opera em Jesus.
Enquanto aguardamos com grande expectativa esse dia, a Igreja, o corpo de Cristo, recebeu a função de exercer a expressão plena de Jesus na Terra. Para isso, o poder de Deus (o Espírito Santo – ver Atos 1:8) foi colocado à disposição dos homens, o mesmo que exerceu em Cristo ressurreição, concedendo a Igreja autoridade e poder para superar toda oposição.