21 Todavia, lembro-me também do que pode dar-me esperança:
22 Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis.
23 Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade!
24 Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança.
25 O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam;
26 é bom esperar tranqüilo pela salvação do Senhor.
27 É bom que o homem suporte o jugo enquanto é jovem.
28 Leve-o sozinho e em silêncio, porque o Senhor o pôs sobre ele.
29 Ponha o seu rosto no pó; talvez ainda haja esperança.Lamentações 3.21-29
Não há vida sem esperança. Você já parou para
pensar nessa afirmação? Quando alguém está em desespero, é porque não encontra
mais saída para a sua vida. E por que a desesperança bate à nossa porta com
mais frequência do que gostaríamos? Basicamente porque colocamos a nossa
segurança na pessoa ou no objeto errado. Quando a esperança não está em Deus,
mas em qualquer outra coisa que você for capaz de imaginar, a frustração será
inevitável. E, dependendo do nível de comprometimento do seu coração com essa
falsa segurança, grande será o seu desapontamento a ponto de levá-lo à desesperança.
Jeremias tentou descrever o mal e o sofrimento que
ele presenciou, num nível que seria difícil imaginar se não tivéssemos suas “lamentações”,
cuja leitura chega a “embrulhar” o nosso estômago. É bem possível que não
passemos nem de perto por essas experiências, porém o sofrimento pessoal não
tem como ser mensurado, passar por ele é difícil. Como o profeta se recompôs
numa situação tão caótica? A resposta está no texto selecionado: trazendo à
memória aquilo que lhe poderia dar esperança. Perceba que é um exercício mental,
realizado por meio dos ensinos que encontramos nas Escrituras: sobre Deus, os
seus planos e o seu relacionamento com o homem. O exercício começa na mente, entretanto
não para por aí. A alma do profeta vai sendo reanimada e despertada para uma
nova realidade que distante das Escrituras seria impossível cogitar, sonhar e
experimentar.
Aprendemos com a experiência de Jeremias que a
mente é muito importante para lidar com o sofrimento. Precisamos que a nossa
mente esteja cativa em Cristo, isso mesmo, a serviço de Jesus. Meditando nas
Escrituras conheceremos a misericórdia e fidelidade de Deus, que são
manifestadas de forma inequívoca na pessoa de Jesus Cristo. Não apenas naquilo
que Jesus fez – encarnação, vida, obra, ensino, morte, ressurreição e ascensão
– mas também naquilo que ele faz e fará.
Quando olhamos para a obra da redenção e focamos
no protagonista, Jesus Cristo, percebemos que nele está a nossa verdadeira
salvação. Que ele é a nossa porção. Que ele é a nossa única necessidade
fundamental para viver com uma esperança segura e firme, âncora da alma (Hb
6.19).
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