sexta-feira, 20 de março de 2009

LOUVOR

Palavras insuficientes para descrever
Mente incapaz de alcançar tamanha profundidade
Pés tantas vezes trôpegos
Olhos que se apressam para o mal
Coração tão corrupto

Como poderia um miserável como eu
Ao menos pensar na possibilidade de Te louvar?
Redundante, porém necessário. Repito:
Mente incapaz de alcançar tamanha profundidade

Pobre, miserável, cego e nu
Certamente este sou eu
Por que então suscitar adoração deste perdido?

Redundante, porém necessário. Repito:
Mente incapaz de alcançar tamanha profundidade

Então louvo, pois atentastes para o meu estado. Aleluia!



segunda-feira, 9 de março de 2009

Discípulo

A sensação de realizar um bom serviço é ótima. Ser reconhecido por isso e investido de maior responsabilidade é muito melhor. O progresso na carreira profissional é algo que alegra o homem, a sensação de utilidade e serviço é maravilhosa. Alguns ainda dizem que o trabalho traz dignidade ao homem.

Se a sensação de servir ao próximo e obter sucesso nisto já nos alegra, quanto mais prazer teremos em ver o evangelho se manifestando em nós. Hoje foi um dia desses para mim. O prazer de pertencer, servir e proclamar o reino de Deus é incomparável a qualquer sentimento que podemos alcançar neste mundo. A glória deste momento é incomparável.

Ó Senhor, nosso bondoso Deus. Além de nos resgatar da miséria nos fizeste instrumentos de justiça, vasos de honra para o Teu serviço, santificados e úteis a Ti. Tu não somente nos salva, mas restaura nossa dignidade, nos permiti participar do Teu reino. Aleluia!

“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”

“Santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.”

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.”

domingo, 8 de março de 2009

Um pouquinho de Londres


Hoje eu fui à London City Presbyterian Church. Uma igreja linda, com muita estória e vazia, não havia mais do que 50 irmãos, sendo que destes 5 eram brasileiros e presbiterianos, todos de São Paulo. Mais tarde eu descobri que o templo era Anglicano e a comunidade presbiteriana que havia surgido alugava o prédio. Quase não haviam jovens, o ambiente era escuro, não haviam instrumentos e a liturgia regia o culto.

Para minha alegria, como há muito tempo não ouvia, a pregação era cristocêntrica, consistente e expositiva. A teologia reformada estava presente. Foram lidos dois textos, Genêsis 22 e Mateus 27, o primeiro falava sobre a prova de Abraão e o segundo sobre o sacrifício de Cristo. Minha alma se encheu de esperança ao lembrar-me da fé de Abrão, que quando indagado pelo filho Isaque sobre o sacrifico a ser realizado, com aperto no coração, mas sem hesitar disse: Deus proverá para si um cordeiro, o que Ele realmente efetuo através do Jesus, o Cordeiro perfeito que tira o pecado do mundo.

Durante a mensagem uma advertência fortalecia minha fé, e me animava ainda mais. “Deus não muda! Não adianta tentar que não conseguiremos persuadir o Senhor, Ele não muda. Seus propósitos são eternos, e Ele não se deixará levar pela comoção humana influenciada pelo pecado!” Ao ouvir isso, lembrava-me dos textos bíblicos que ressaltavam a corrupção do coração humano e o quanto ele é enganoso. Minha alma explodiu em alegria, e eu não conseguia me conter. Aleluia! Nossa esperança não está em nós, mas no Deus imutável. Aquele que é poderoso para completar a obra que iniciou. Eu estou convicto disto, nós não podemos barganhar com Deus, somos nós que nos conformamos a vontade dEle e provamos de Suas dádivas, não o contrário, não é a criatura corrompida que sugere ao Todo Poderoso o que seria mais sensato fazer em determinada situação. Mas isso é conversa para outro dia.

Antes do término do culto participamos da mesa do Senhor, literalmente, a ceia ocorreu com todos juntos ao redor de uma mesa. Partimos o pão e tomamos o vinho, relembramos da Nova Aliança e de nossa esperança, Aquele que vem virá e não tardará. Glória ao nosso Deus!

Ao término do culto eu fui passear no Piccadily Circus, Charing Cross, St Jame´s Park, Green Park, Buckingham Palace, e a chuva interrompeu o resto do percurso que eu havia programado. Segue abaixo algumas fotos do passeio.

















quarta-feira, 4 de março de 2009

Venha o Teu Reino


Lembro-me da campanha do presidente Lula de 2002, o slogan era: A esperança venceu o medo! Era a expectativa de um governo de esquerda, que prometia uma era de justiça para um país cansado de sofrer com a exploração, ora de sua riqueza natural, ora da dignidade do ser humano, o pobre seria alvo de políticas públicas que promoveriam o pleno exercício de sua cidadania. O coração do brasileiro se encheu de esperança e esperou, esperou e esperou mais um pouco. Infelizmente continuaremos a esperar.

Esperar é uma atitude inata ao ser humana. Primeiramente porque somos sujeitos ao presente, totalmente incapazes de conhecer o futuro, entretanto temos a capacidade de fazer previsões quanto ao futuro através de uma análise do presente e do passado. Além desta impossibilidade física, há uma pré-disposição em nossa alma que aponta para o futuro a solução dos problemas presentes, a expectativa de que o tempo trará novidade, renovo, basta lembrar-se dos marcos (datas) no nosso calendário.

Seria difícil não mencionar a ardente expectativa da criação pela libertação de sua maldição, daí uma boa explicação bíblica para essa condição humana. O pecado atordoa o homem, porém desde a queda a expectativa da redenção enche o coração do homem, esperança essa oriunda da promessa Divina (o Descendente haveria de pisar na cabeça da serpente). Nossa insatisfação encontra na esperança um alívio, embora muitas vezes a esperança seja direcionada por desejos efêmeros e conseqüentemente depositada em coisas corruptíveis, como por exemplo, posses materiais ou posições hierárquicas.

A esperança cristã está na volta de Cristo. O sacrifício do Cordeiro Imaculado é suficiente para aplacar a ira de Deus e trazer redenção ao homem, libertando-o da escravidão do pecado e restaurando sua dignidade. Entretanto, o cristão continua sujeito a corrupção de seu corpo exterior, num mundo desajustado e afligido pela maldade.

Infelizmente a prática cristã nem sempre condiz com a sua confissão de fé. Disso resultam as anomalias que conferimos em nosso meio. Elas surgem devido à conformação com a proposta de vida moderna, tão antagônica ao modelo proposto, ou melhor, ordenado por Cristo. A desobediência gera sofrimento e testemunho irrelevante.

Proponho a orientação da nossa esperança pelas Escrituras, um retorno aos ensinamentos de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador e não ao Jesus pós moderno, aquele que é apresentado em literatura de auto-ajuda e que rebaixa Cristo ao estado de guru espiritual. Precisamos lembrar que nossa natureza é pecaminosa, nossos desejos são maus e não devemos satisfazer nossos desejos a qualquer custo como apregoa o espírito do anticristo.

Não podemos ignorar nossa fragilidade. Qualquer tentativa de espiritualidade cristã firmada na auto-suficiência estará destinada ao fracasso, por isso segue um singelo clamor: Amado Deus, o que seria de nós sem tua misericórdia. Louvado seja o teu nome, pois a abundância de tua graça traz ânimo aos nossos corações. Rogamos, ó Pai que converta nossos corações aos teus propósitos eternos e nos livre de nós mesmos. Que sejamos cheios do teu Espírito para uma vida de submissão à tua Palavra, e rendidos ao senhorio de teu Filho, Jesus Cristo, possamos invocar – venha o Teu Reino, seja feita a Tua vontade. Amém.