segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Chamados para ser semelhantes a Jesus

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave. Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças.
Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais participantes com eles.
Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade), provando sempre o que é agradável ao Senhor.
E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha. Mas todas as coisas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz.
Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.” Efésios 5:1-14
O livro de Gênesis relata a criação do mundo, como Deus chamou a existência àquilo que não existia. Na ordem da criação, o homem é tido como a coroa da criação (Salmo 8). Deus fez questão em criá-lo a Sua imagem e semelhança.

A origem da existência humana está no seu Criador (Gn 1:26). Essa cosmovisão muda tudo, traz consigo propósito e significado a existência, norteia a vida e os relacionamentos. 

Além de nos revelar a origem, as Escrituras falam sobre nossa essência - Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança (Gn 1:26)... fomos criados em distinção dos demais seres vivos, fomos criados semelhantes a Deus. A referência não é física, mas racional, moral, espiritual e social. E quais as implicações desta verdade?
Somos seres relacionais, criados para nos relacionar com Deus, com o próximo e com a natureza. Diferentemente dos demais seres vivos, somos dotados de capacidade intelectual e consciência de discernir entre o certo e errado, o que nos torna moralmente responsáveis em nossos relacionamentos.

O que Paulo está tratando neste texto de Efésios é exatamente isto, o homem foi vocacionado para ser imitador de Deus, viver e andar como o próprio Deus, a Sua imagem e semelhança. Porém, o pecado trouxe uma desordem a esta condição do homem, promovendo um estado de rebelião e indiferença quanto à sua vocação.

O autor evoca nossa vocação existencial através da obra redentora de Jesus Cristo, que redime o homem. A nossa identidade de filhos de Deus, àquilo que Jesus conquistou na cruz, é o que nos possibilita viver essa nova realidade de comunhão transcendente com o Criador, internando e externando o amor de Deus (ágape), um amor real e operoso, inspirado no amor do próprio Senhor Jesus por nós. Àquilo que vimos e experimentamos é o que temos condição de reproduzir, e está diretamente relacionado à nossa identidade.

Uma lista de maldades, incompatível com a nossa identidade de filhos de Deus são apresentadas por Paulo. Essa lista não tem a intenção de ser exaustiva, mas tão somente mostrar que a sociedade não é para nós parâmetro de vida ou moralidade, não devemos nos contentar com uma vida desgraçada e alheia a Deus. Jesus Cristo é o nosso modelo de vida, nosso parâmetro de moralidade.

‘Nem sequer nomeie entre vós’; ‘não são próprias aos santos’; ‘ninguém vos engane’; ‘não participem dessas coisas’; ‘a ira de Deus vem sobre os filhos da desobediência’; ‘não sejam cúmplices’; ‘aquilo que eles fazem em oculto, até o mencionar é vergonhosos’. Essas expressões de advertência, que acompanham a lista de maldades presentes na nossa sociedade, nos alertam o quão distante devemos viver do pecado.

Viver de forma ignorante, indiferente a Deus e dominado pelo pecado é como viver dormindo, no mais profundo sono, como andar em trevas sem direção. A metáfora utilizada pelo autor que se opões a este estado de escuridão e sombrio é a própria luz. Despertados do sono pela luz (referência ao conhecimento de Jesus Cristo), andemos como tal, em novidade de vida, provando e promovendo a bondade, a justiça e a verdade.

1 comentário:

Joaquim José Tinoco de oliveira disse...

Amém irmão,

Feliz será o servo que assim se comportar, procurando ver jesus em cada ato que prática, seguindo sempre as pegadas do Senhor, andando como Ele sempre andou.

Bela lembrança, oportuna advertência.

Deus abençoe seu Ministério

Um forte abraço