O nosso Senhor Jesus deu uma
missão para os seus discípulos (nós, a Igreja): pregar o evangelho e fazer discípulos
em todos os lugares (Mt 28.19-20). A missão é o ‘Ide’, que engloba o aqui e o
acolá. Desde o recebimento dessa ordem, a Igreja tem se empenhado em cumpri-la,
é verdade que às vezes a contragosto (como em Atos 8.1-4).
O missionário brasileiro Ronaldo
Lidório, ao traduzir o Novo Testamento do original grego para a língua
Limonkpeln (um dos dialetos do povo Konkomba, em Gana, África), percebeu que há
dois termos largamente usados no Novo Testamento, que muitas vezes estão juntos
e que retratam o caráter cristão: proclamação e testemunho. O termo grego para
‘proclamação’ é ‘Kerygma’: a forma estratégica e inteligível de comunicar a
mensagem do evangelho. É a Igreja se preparando, estudando e analisando as
possibilidades de comunicar o evangelho a um grupo, seja uma pessoa, família ou
povo. Isto é Kerygma.
Já ‘Martíria’ é o termo grego
para ‘testemunho’ e sempre está ligado ao Kerygma. Entretanto Martíria não é
uma proclamação inteligível e estratégica como encontro de casais, acampamentos
evangelísticos, evangelismo explosivo ou células familiares. Martíria é
testemunho de vida, a personalidade transformada pelo Senhor. É domínio próprio
em casa, ser justo com os empregados, ser brando no falar. É ser a imagem de
Jesus.
“A Igreja foi chamada para ser primeiramente Martírica – viver com fidelidade tudo aquilo que crê – e só então assumir uma postura Kerygmática” (Ronaldo Lidório).
O desafio diante de nós é
buscar esse equilíbrio ao compartilhar o evangelho, para que a pregação seja
adornada por uma vida íntegra, cheia de Jesus não só nas palavras, mas também
nas ações. Que Deus nos abençoe para que possamos contar com a simpatia de todo
o povo de Viçosa e ver o Senhor acrescentar diariamente à IPV os que vão sendo salvos.
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