Os capítulos 14, 15 e 16 do evangelho de João relatam o
discurso de despedida de Jesus, proferido aos seus discípulos. Nesse discurso
profético, Jesus procura preparar os seus discípulos para aquilo que viria:
o drama da crucificação;
o silêncio dos 3 dias, entre a morte e a
ressurreição;
a ascensão de Jesus (sua ausência física);
o Pentecostes (a descida do Espírito Santo, o
Consolador);
a missão da Igreja por meio do poder do
Espírito Santo;
a perseguição por causa da pregação do
evangelho.
Chama-me a atenção à ênfase que Jesus dá para as
situações difíceis que eles iriam enfrentar. Em nenhum momento Jesus escondeu
dos seus discípulos que eles sofreriam, porém Jesus também prometeu nunca os deixar
a própria sorte, que nunca estariam sozinhos e que por mais difícil que fosse a
situação eles não precisariam temer, pelo contrário, Jesus deixaria a sua paz.
Vejamos:
- Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Jo 14:1
- Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo. Jo 14:27
- Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo. Jo 16:33
Essas
palavras de Jesus nos revelam 3 expectativas que Ele tem de sua Igreja:
1. Jesus
espera que nós confiemos nEle, embora algumas vezes a gente não entenda muito
bem o que está acontecendo em determinado momento. Não tenham medo! Não se
preocupe o vosso coração! Deixo-vos a minha paz!
Pedro
entendeu isso tão bem ao longo de sua caminhada de fé que passou a exortar a
Igreja dizendo: Lance sobre Deus toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado
de nós! (1 Pedro 5:7)
2. Jesus
espera que nós lembremos que Ele venceu o mundo, que continua sustentando toda
a Criação e que está junto do Pai a interceder por nós como um Sumo Sacerdote. Credes
em Deus, creia também em mim! Eu venci o mundo!
Paulo entendeu isso
muito bem e reforçou o lembrete de Jesus: Mas graças a Deus, que sempre nos
conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio exala em todo lugar a
fragrância do seu conhecimento; porque para Deus somos o aroma de Cristo entre
os que estão sendo salvos e os que estão perecendo. (2 Coríntio 2:14-15)
3. Jesus
espera que nós enfrentemos as aflições com bom ânimo. Jesus não engana ninguém,
a fé cristã não é uma sequência de mágicas e efeitos de ilusão. Ninguém está
livre da realidade do mal, por causa da queda (do pecado, o estado de rebelião
da humanidade) todos nós sofremos as consequências do pecado e a presença do
mal. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo. Neste mundo vocês
terão aflições; contudo, tenham ânimo!
João
também entendeu isso e advertiu os cristãos: O perfeito amor lança fora todo
medo (1 João 4:18). E o que seria o perfeito amor senão o próprio Senhor Jesus
e sua maravilhosa obra de redenção, prestes a ser consumada? O apóstolo
continua, por sermos guardados por Deus o maligno não nos toca!
O
maior problema que existe já foi solucionado por Jesus Cristo, que é a questão
do pecado e o seu salário, a inimizade entre Deus e o homem. Em breve, junto
com outros irmãos que ainda virão a crer, veremos por completo a restauração de
todas as coisas e seremos de uma vez por todas livres da presença do mal e o
assédio do pecado. Enquanto esperamos essa nova realidade, continuamos a viver
pela fé no Filho de Deus! As aflições são certas por um breve período, mas
lembremos com ânimo, Cristo venceu e prometeu não nos deixar órfão. E ainda,
mais um pouco de tempo, e Ele voltará! Tende bom ânimo!
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