segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A reforma pela Palavra de Deus


Uma reflexão sobre 2 Reis 22:1-23:3
 
Deus separou para si um povo, Israel, a quem se revelou e essa revelação foi registrada/escriturada, revelação essa que damos o nome de especial, pois sem ela continuaríamos perdidos tateando ao nosso redor procurando encontrá-Lo, mas perdidos e corrompidos por conta de nossos pecados. Por meio de seu servo Moisés, Deus trouxe ao povo de Israel o livro da Lei, conhecido pelos judeus como a Torá, que compõe os cinco primeiros livros da Bíblia. Lá Deus deixou mandamentos e instruções sobre como viver bem e em harmonia com a vontade de Deus, revelando o Deus Criador e Sustentador de todas as coisas, o único Deus verdadeiro.

A ordem ao povo era dedicar-se a fé monoteísta revelada no Pentateuco, amar e servir a Deus de todo coração e alma, aplicando-se por guardar todos os mandamentos da Lei (Deuteronômio capítulo 6). Basicamente, o povo tinha que escolher entre a vida ou a morte, a benção ou a maldição que estava diante deles e dependia da obediência, fruto da Aliança com Deus (Dt 28 e 30).

Davi, conhecido com o rei segundo o coração de Deus, advertiu seu filho Salomão, que para a sucessão do trono ele deveria guardar todos os preceitos e mandamento de Deus, segundo a Lei de Moisés (1 Reis 2:3).

A situação de Josias era complicada, pois aos oito anos de idade ela herdara o trono debaixo de uma catástrofe. O reino de Judá (o remanescente de Israel) havia se afastado do Senhor durante os 57 anos de infeliz liderança de seu avô (Manassés) e pai (Amom). Além de abandonar ao Senhor, a nação estava imersa na idolatria, inclusive seu avô havia sacrificado seu filho como oferta aos deuses, além de outras práticas detestáveis a Deus como consultar os mortos, feitiçaria, homicídios e promoção da injustiça, provocando assim a ira de Deus e promovendo a corrupção moral de toda uma nação.

Porém o jovem Josias distinguiu-se dos seus antepassados por fazer aquilo que eles haviam abandonado, pois aos 16 anos de idade começou a buscar Deus (2 Cr 34:3, Buscar-me-eis e me achareis quando me buscares de todo coração Jr 29:13). A devoção de Josias a Deus se convertia em ações práticas, como o abandono da idolatria, o retorno as Escrituras e a renovação da Aliança entre Israel e o Senhor.

O retorno as Escrituras foi o grande responsável pelo avivamento espiritual da nação de Israel, sobre a liderança de seu rei Josias, muito parecido com a Reforma Protestante.

A Reforma Protestante, do século dezesseis, teve início no dia 31 de outubro de 1517, quando o monge agostiniano, Martinho Lutero, fixou nas portas da igreja de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses contra as indulgências, rompendo assim, com os desmandos do papado e com os desvios doutrinários da igreja.

Os reformadores buscavam uma volta da Igreja aos ensinos bíblicos, ao modelo de vida da igreja primitiva, descentralizado o poder das mãos de uma liderança eclesiástica corrupta e distante dos leigos, para uma experiência de fé pessoal e comunitária acessível a todos. Porém as ideias dos reformadores não foram bem aceitas pela Igreja Romana, excomungando e condenando o ensino daqueles que protestavam.

A reforma não foi uma inovação da igreja, mas uma volta às Escrituras. Seu propósito foi fazer uma correção de rota e seguir pelas mesmas pegadas trilhadas pelos apóstolos. A reforma colocou a igreja de volta nos trilhos da Verdade.

  • A verdade de que a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática e devemos rejeitar decisivamente todas as doutrinas que não estiveram amparadas pelas Escrituras.
  • A verdade de que a salvação é pela fé e não pelas obras. Não somos salvos pelas obras que fazemos para Deus, mas pela obra que Cristo fez por nós na cruz.
  • A verdade de que somos salvos pela graça de Deus e não pelos méritos humanos.
  • A verdade de que Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens, o único Salvador da igreja e o único Senhor do universo.
  • A verdade de que a Deus pertence o poder, honra e a glória, agora e pelos séculos eternos.
Podemos fazer três aplicações simples que nos ajudarão a desenvolver na fé, de maneira segura e correta.

  1. Não existe vida cristã sadia sem o conhecimento das Escrituras, por isso devemos nos aplicar a leitura e estudo da mesma como uma prática devocional diária.
  2. Todo conhecimento sobre a fé cristã que contrariar ou ultrapassar (ir além) o ensino das Escrituras deve ser rejeitado.
  3. Toda resistência à obediência às Escrituras deve ser combatida com oração e submissão do ‘eu’ a Deus.

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