“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, (pela graça sois salvos), e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” Efésios 2:1-10
A canção da modernidade tem o tema maior da liberdade. Ao seu som dança o anuncio de uma nova era, o homem livre de tudo e de todos. Autônomo, com órbita em torno de seu umbigo. Esta insanidade só pode levá-lo a frustrante constatação de que vive num cativeiro, preso e sujeito aos caprichos do tirano egocentrismo, regido pelo terrível adversário que há muito tempo o colocou no regime da morte. Com ingênua sincronia, conforma-se à maioria que vive alheia ao Criador.
O conceito de graça presente no cristianismo é único, e o diferencia de todas as demais religiões. O favor imerecido de Deus não deixa espaço para o mérito humano, pelo contrário, todos estão em pé de igualdade e carentes de Deus, mortos em seus pecados e delitos. Como pode um morto fazer algo em favor de sua salvação?
A porta de entrada ao cristianismo e toda a sustentação da vida cristã se deve a graça de Deus. João Calvino, o reformador do século XVI disse – ‘Ora, pode-se perguntar: como o homem recebe a salvação que lhe é oferecida pelas mãos divinas? Eis minha resposta: pela instrumentalidade da fé. Da parte de Deus é graça somente, e nada trazemos senão a fé, a qual nos despe de todo louvor pessoal, então se segue que a salvação não procede de nós’. O que se pede ao homem é tão somente que creia.
A graça de Deus é suficiente para cobrir nossa vergonha e desfazer toda estrutura de poder que se levanta contra o conhecimento de Jesus, seja ela uma realidade da carne, do diabo ou do próprio mundo. Uma real oportunidade para desfrutar a liberdade, ser livre para fazer o bem e romper definitivamente com o mal.
Antes destinado a ira de Deus, agora a situação do homem regenerado é de testemunha viva de Deus. Paulo está falando exatamente disto, somos resgatados da inutilidade de outrora para caminhar em boas obras, como promotores do bem e sinalizadores do reino de Deus.
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