sexta-feira, 19 de novembro de 2010

UNIVERSIDADE MACKENZIE: EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA


A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.
Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).
Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.
Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.
Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.
Para ampla divulgação.

8 comentários:

Milene disse...

O pensamento desse manifesto não tem nada de cristão e sim puramente moralista e homofóbico,uma vergonha a inteligência e a evolução humana,absurdo uma faculdade promover ou assinar baseando se em leis de Moises sobre conduta social,retirando pensamentos pra nortear opniões retrógradas,o pensamento cristão é unico,amar ao proximo como a si mesmo,portanto não cabe julgamento condenátorio a ninguem por sua orientação sexual e por sua diversidade sexual.
Vergonha o manifesto feito !

Pedro Paulo Valente disse...

Milene parece que sua indignação com o Mackenzie impediu você de ler o texto com a devida atenção. Sugiro que você o faça novamente, pois a ajudará a organizar melhor as suas idéias.
Abraço

walter silva disse...

''não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado''
Mas recusado até quando? em Uganda os cristãos já mostraram as garras com aprovação de leis antigay que incluem exatamente a negação de valores tais como liberdade e direitos huamanos.
Eu nada tenho contra o direito de ter uma crença e expor os princípios de sua fé,mas considero esta atitude da universidade falaciosa e desnecessária.De modo semelhante,os escravocratas do passado defendiam o direito à propriedade em oposição à abolição.
Que vergonha para esta instituição apoiar atos de intolerância indiretamente ao recusar a lei anti homofobia(que já foi substancialmente modificada tendo inclusive participação de religisosos)contra pesoas gays.Templo da ignorância!

Anónimo disse...

Pékos via Facebook
O pior é que ninguem interpreta nossa visão como deveria ser interpretada. Nesta semana, o artigo divulgado pelo chanceler no site do Mack, já resultou na organização de um protesto a ser realizado no próximo dia 24, ao lado do campus. Infelizmente, existe a autodiscriminação que impede a sociedade e seus órgãos de exercer a tal liberdade de expressão que tanto reivindicam. Liberdade de mão única.

Anónimo disse...

Diogo via Facebook
Ótimas palavras, Pedro! Creio que dessa forma que você escreveu fica bem clara a nossa posição sobre o assunto. Abraços!

Anónimo disse...

Estamos novamente diante da polêmica sobre a Lei da Homofobia, que visa criminalizar todo aquele que discordar da opção sexual dos homossexuais.

Estamos diante de uma situação jamais vista na história deste país: o direito de não criticar, o direito de não ter direito, o direito de não ter liberdade!

Respeito ao próximo não significa concordar com suas atitudes, pensamentos e idéias.


Portanto, podemos respeitar o homossexual como ser humano e, no entanto, discordar da sua opção sexual, achando ser errado e não somente isso, mais temos a liberdade dada pela Constituição Federal de expor nossas idéias quanto ao assunto.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie na pessoa do seu chanceler Augustus Nicodemus estão de parabéns pela coragem e ousadia em meio a tanta censura!

Acompanhe a cobertura dessa manifestação no site Eleitos de Deus e no Blog dos Eleitos clicando nos links abaixo.


[Notícias] IPB manifesta-se a respeito das leis sobre o aborto e a homofobia
[Notícias] Leia na íntegra a nota da Universidade Presbiteriana Mackenzie sobre a Lei da Homofobia

Estão tentando acabar com a confessionalidade das universidades cristãs
[Manifesto] Universidade Mackenzie: em defesa da Liberdade de Expressão Religiosa
Blogueiros unidos a favor do Rev. Augustus Nicodemus e contra a "Lei da Mordaça Gay"
Está se criando no Brasil uma classe incriticável: Os homossexuais!
Mackenzie divulga nota contra Lei da Homofobia; OAB fala em "postura da Idade Média"
Universidade Presbiteriana Mackenzie irrita comunidade gay ao se posicionar contra lei anti-homofobia



Heitor Alves
eleitosdedeus.org
blogdoseleitos.blogspot.com

Pedro Paulo Valente disse...

Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.

A Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.

Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reafirma seu direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo

Extraído do manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia

Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Pedro Paulo Valente disse...

O AI-5 GAY JÁ COMEÇA A SATANIZAR PESSOAS; SE APROVADO, VAI PROVOCAR O CONTRÁRIO DO QUE PRETENDE: ACABARÁ ISOLANDO OS GAYS

Confira o artigo do Reinaldo Azevedo, publicado no site da Veja
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-ai-5-gay-ja-comeca-a-satanizar-pessoas-se-aprovado-vai-provocar-o-contrario-do-que-pretende-acabara-isolando-os-gays/