quarta-feira, 23 de junho de 2010

Metanoia

O tempo parece não ser generoso

Os dias são atropelados pelas semanas

As previsões frustradas

E o atraso se acumula


A pilha de livros a ler aumenta

As notícias aparecem em ritmo acelerado

A distância diminui

E a exigência aumenta


Contratempos

Imprevistos

Acidentes

Tristeza


O conhecimento nunca é suficiente

Só mostra minha insignificância

O conhecimento nunca é suficiente

Só mostra soberba


Vaidade – ausência de significado

Desespero – ausência de esperança

Descontentamento – ausência de realização

Indiferença – ausência de Cristo

A conformação parece inevitável

Que seja com cristo e não com o século

Que seja com o reino dos céus e não com o terreno

Que seja com a compaixão e não com a indiferença


A esperança não confunde

Cristo em nós, a esperança da glória

Não são os tempos, nem a economia

Muito menos a política


A vida não pode ser desperdiçada

Os prazeres passam

O tempo é implacável

A alegria instável

A paz aleatória

O homem um eterno descontente

Mas cristo é o porto seguro

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A relação entre o reino dos céus e as crianças

“Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.” (Marcos 10:13-16).

A desumanização da criança na antiguidade tem paralelo no abuso, maus tratos e abandono das crianças de hoje. A Declaração dos Direitos das Crianças pela ONU em 1959 é o marco do início de uma luta pela defesa, promoção e proteção dos direitos da população infanto-juvenil. Porém o cristianismo iniciou sua luta pela dignidade e valorização da criança muito antes, veja o que o nosso Senhor Jesus nos ensinou.

Jesus valoriza as crianças

Embora os adultos ignorassem as crianças e os próprios discípulos de Jesus julgassem que seu Mestre não havia tempo para desperdiçar com estas pela sua inutilidade, Jesus os contraria e valoriza as crianças. Jesus traz as crianças para o centro das atenções e repreende aqueles que tratam as crianças com descaso, Jesus as valoriza e ressalta sua dignidade mostrando que o reino de Deus também pertence a elas.

Jesus chama atenção para o cuidado com as crianças

Jesus nos adverte a não embaraçar (complicar, impedir) os pequeninos de achegarem a Ele. Temos essa missão de conduzir as crianças ao conhecimento do Salvador. Também temos a missão de prover espaços e oportunidades para o desenvolvimento das crianças em nossa comunidade, na igreja.

Com exceção de Adão e Eva, todo ser humano passa pela infância. O próprio Senhor Jesus veio ao mundo como criança e se desenvolveu entre nós. A importância do ambiente familiar para o desenvolvimento da criança é de extrema importância. A escolha de Maria e José para receberem a graça da adoção/paternidade sob o menino Jesus não se deu pelas suas posses (eram humildes, pobres), mas a retidão do caráter de ambos foi fator determinante (Mateus 1).

O cuidado com a criança é importante e merece a atenção de todos. A criança não pode padecer de fome, de maus tratos, de educação, de um lar e do evangelho. O desenvolvimento integral da criança é de responsabilidade nossa e não podemos nos esquivar desse dever.

Jesus ilustra o reino de Deus com as qualidades das crianças

Jesus advertiu seus discípulos dizendo que as crianças também fazem parte do reino de Deus, que elas têm valor e são dignas de nossa atenção e cuidado. Mas Jesus não parou por aí, Ele comparou algumas virtudes das crianças com a vida no Reino, indispensáveis aos seus seguidores.

“Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.” Obviamente Jesus não está dizendo para nos comportar de maneira infantil, imatura. Somos advertidos a receber o reino de Deus como uma criança recebe alguma coisa, com entrega e intensidade. O reino de Deus não é daqueles que se acham “dignos”, é um presente e deve ser recebido e valorizado como tal.

“O reino de Deus pertence aos que confiam, são receptíveis e amigáveis, e que permanecem íntegros face às dificuldades e desilusões, ao cinismo e pessimismo que tantas vezes deprimem e desfiguram a vida adulta” (R. V. G. Tasker).

Precisamos lembrar constantemente dos nossos deveres como comunidade, não podemos nos esquecer o negligenciar o cuidado dos pequenos, inclusive das crianças que requerem atenção maior. Temos a responsabilidade de instruí-las nos caminhos do nosso Senhor.



quarta-feira, 16 de junho de 2010

A boa notícia de Deus


“(por meio de Jesus Cristo) temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós” Efésios 1:7-8

Jesus é a boa notícia de Deus para a humanidade. Não estamos mais a nossa própria mercê, mas Cristo proveu vida a todos nós que andávamos distantes do Criador. Em Jesus Cristo gozamos redenção, um caminho de volta à comunhão com o Pai.

Porém o preço pago por Jesus foi alto, Ele tomou sobre si as nossas ofensas e assim satisfez a ira de Deus pelos nossos pecados. Jesus tornou-se a oferta perfeita, Aquele que não tem pecado se fez pecado por nós na cruz.

· O sacrifício de Jesus foi voluntário, Ele doou sua vida por nossa causa.

· O sacrifício de Jesus foi substitutivo, Ele se entregou em nosso lugar pelos nossos pecados.

· O sacrifício de Jesus foi suficiente, Ele fez isso uma vez por todas quando a si mesmo se entregou.

Por tudo isso nós somos justificados nEle, somos tornados justos em Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador.

No dia 30 de maio de 2010, 15 adolescentes de nossa comunidade testemunharam publicamente compreender essa verdade e professaram a fé no Senhor Jesus Cristo.

Vejam alguns desses testemunhos que fortalecem a nossa fé e renovam a esperança:

“E por isto eu quero professar a minha fé, pois reconheço que sou pecadora e que o único Salvador é Jesus Cristo.”

“O meu interesse em participar da classe de catecúmenos, se deve pelo fato de eu sentir necessidade e vontade de conhecer mais a Deus, e de mostrar não só para a Igreja, mas também para a sociedade, que Deus habita em mim, que sou cristã e que Ele é o melhor caminho a ser seguido, porém não é o mais fácil. Foi a partir dessas aulas, desses encontros/esclarecimentos que eu passei a entender mais sobre a proposta de Deus para o homem e o quão bom Ele é para aqueles que nele crêem. Ficando claro para mim que é ao reino de Deus que eu quero pertencer e que Ele é o único Senhor, Salvador.”

“Eu nasci na igreja e fui batizado quando ainda era um bebê. Meus pais me criaram na igreja, como prometeram, e não tenho nada que reclamar de minha criação/educação, só agradecer. Decidi então, que eu creio em Deus, creio no sacrifício de Cristo, e desejo adotar a fé dos meus pais para mim, desejo professar publicamente a minha fé... consegui entender um pouco de como sou falho e pecador, e ainda, orgulhoso”

“eu quero mesmo professar em público essa fé que agora também é minha e não só dos meus pais, e se for preciso, sofrer por causa dela”

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Moralidade Sexual



Infelizmente a rejeição aos princípios bíblicos que norteiam o comportamento sexual do homem e da mulher é cada vez mais presente em nossa geração. Em busca de uma aprovação do comportamento moderno e uma reconstrução da moral sexual, apela-se para uma renovação da mentalidade cristã. Pede-se uma releitura da fé através da interpretação das Escrituras a partir das nossas experiências pessoais e uma conseqüente flexibilização das doutrinas, que se ajustem a mentalidade do século XXI.

A verdade é que a fé cristã cada vez torna-se mais agressiva ao comportamento moderno. Três fenômenos em nossa sociedade têm contribuído para essa cosmovisão anti-Deus, anti-Absoluto, anti-Verdade.

I. Divórcio da vida com a fé – o nosso cotidiano não suporta a fé cristã. Existe uma clara separação do homem em vida sagrada e vida secular, ou vida na igreja e fora dela. Parece que essa divisão do homem é imprescindível nos dias atuais. Justificamos dizendo que a ciência e a religião não se entendem, que a fé é inimiga da razão, ou ainda, que a religião apenas oprime e a felicidade está fora dela.

II. Divórcio do corpo com o espírito – o discurso do “não tem nada a ver” toma proporções monstruosas. Somos constantemente incentivados a realizar nossas vontades, a satisfazer nossos instintos, pois aí está a liberdade e a felicidade. Os valores morais cada vez mais se distanciam da prática diária, e a nossa defesa segue duas vertentes, ou dizemos que ‘não tem nada a ver’ ou rebaixamos nossos valores, dois modelos populares de justificar a imoralidade.

III. Distanciamento do Criador – a mídia cada vez mais erotizada obscurece o entendimento, cauteriza a mente e propõe uma reconstrução da moral, ou de um comportamento amoral. O homem se enxerga a partir de si mesmo e sua vontade é o termômetro do que é bom, e quanto mais nos fartamos de nossas concupiscências, mais nos tornamos lascivo e mais difícil é localizar o Porto Seguro. Refiro-me a Deus como Porto Seguro, a Verdade imutável, que traz sobriedade para a vida.

A proposta cristã de uma moralidade sexual tem como referencial o Eterno e não o efêmero, ela diz que o doador da vida compreende o valor da mesma. Se há valor, logo há dignidade e, por conseguinte, há propósito.

Lembremos da exortação das Escrituras: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:2