segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

PREGUIÇA OU ACÍDIA


O preguiçoso fica em casa e diz: “Se eu sair, o leão me pega.”
O preguiçoso vira de um lado para outro na cama. Ele é como uma porta que gira nas dobradiças, mas, de fato, não sai do lugar.
Existe gente que tem preguiça até de pôr a comida na própria boca.
O preguiçoso acha que ele sozinho sabe mais do que sete homens capazes de dar respostas certas.
Provérbios 26:13-16
Ao contrário do que muitos pensam, a preguiça é um pecado do espírito e não da carne. Sua exclusividade está no fato de ser um pecado de omissão, e não de comissão, a ausência de uma atitude positiva, e não a presença de uma atitude negativa. 

A preguiça é muito mais que moleza, ociosidade física ou um estado de ‘letargia viciada em televisão’. Ela é a condição de desânimo espiritual explícito que desistiu de buscar a Deus, à verdade, ao bom senso e ao belo.
“Relaxar não é preguiça. A pessoa que nunca relaxa não é santa, mas nervosa.” Peter Kreft
Na realidade a preguiça é a melancolia moderna que nasce do ódio a todas as coisas espirituais que requerem esforço. A preguiça não suporta dificuldades ou penitência.

Mesmo que a preguiça possa começar com a indiferença negligente de certos ideais, seu estado final é de desespero em relação à possibilidade da salvação – basicamente uma forma de suicídio espiritual. 

Texto extraído de Os Guiness, livro Os Sete Pecados Capitais.

Uma palavra muito utilizada para descrever este pecado capital é a acídia. Este termo se refere à indiferença e a tristeza, que resultam num abatimento do corpo e do espírito.

Ou seja, a preguiça não é apenas uma aversão ao esforço físico, ao trabalho, mas também uma aversão ao esforço mental, resultado direto do desinteresse espiritual. A pessoa preguiçosa é uma pessoa insatisfeita com a vida, desinteressada com as pessoas e negligente para com a verdade.

Embora a acídia não seja originalmente a tentação do jovem, eles não estão imunes a ela. A indiferença pelas coisas espirituais e pelos valores da humanidade são sintomas de sua terrível presença em nosso meio.

O encontro com a pecaminosidade humana através do mal que advém desta tragédia, destituído da esperança da redenção da humanidade proposta pelo cristianismo, é um combustível poderoso para produzir pessoas amargas e desesperançosas.

O contraponto da preguiça – fome e sede de justiça

O contraponto da moleza espiritual é o anseio apaixonado pela justiça, a essência da busca. Nas palavras de Jesus: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos” (Mt 5:6).

A satisfação com o que é reto e justo é seguida apenas da insatisfação com qualquer coisa menos que isso.


1 comentário:

Ronni Anderson disse...

Gostei demais desse texto!
Me levou a algumas reflexões que já devia ter feito!
Grande abraço!