sexta-feira, 30 de abril de 2010
Parábola da Viúva Persistente
“Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: 'Faze-me justiça contra o meu adversário'. "Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: 'Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha mais me importunar' ".E o Senhor continuou: "Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: Ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?"". Lucas 18:1-8
A oração faz parte da vida devocional do cristão. É difícil encontrar algum que duvide de sua importância, mas ao mesmo tempo é difícil encontrar cristãos que se dediquem a sua prática. Acredito que em partes isso se deve a nossa dificuldade de saber como orar (os discípulos pediram a Jesus para ensinar como orar, ver Lc 11:1-4) e também à dificuldade em ser constante e persistente.
Para mostrar a importância de uma vida de oração e a perseverança neste exercício espiritual, Jesus conta uma parábola sobre uma viúva que pleiteia uma causa na justiça que lhe seria favorável. Porém o juiz mostra o seu desinteresse em julgar a causa, pois nada ele poderia lucrar com isto visto a condição da viúva. Esta, porém se mostra esperançosa e utiliza seu único meio de alcançar o favor, a persistência. Cansado de tanta importunação o juiz lhe concede a causa como ganha.
Primeiro precisamos entender que a viúva na cultura judaica representa uma pessoa indefesa, e várias leis existiam para promover sua existência que era extremamente precária. O juiz por sua vez é alguém que tem autoridade na terra e condições para promover a justiça.
A viúva é um símbolo do homem indefeso, necessitado que recorre à Deus procurando socorro. Essa imagem se aplica a todo homem, é um contraste com a imagem moderna do homem autônomo/auto-suficiente. O homem sábio reconhecerá sua condição e se voltará ao Deus verdadeiro, procurando salvação e abrigo.
Porém não podemos comparar o juiz a Deus. A idéia da parábola é outra, é mostrar que se até mesmo um juiz indiferente e injusto irá atender ao necessitado pela sua persistência, quanto mais Deus que se interessa pelo homem não faria justiça aos seus filhos? É uma pergunta retórica, que inspira em nós a confiança de nos achegar a Deus e não esmorecer na fé.
A persistência na oração denota esperança, e essa expectativa não está no acaso, mas no Deus intervém. Seu poder e governo se caracterizam pela possibilidade e pelo interesse do Senhor em intervir no cosmo, incluindo o indivíduo.
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